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O ser humano é um inconsequente habitante do mundo que do nariz para a frente, pouco vê. E no espaço infinito do mundo as pessoas se perdem. A violência nunca resolveu problema algum no mundo.

Desde seus primeiros passos na face do Planeta Terra, o ser terrestre vem optando pela guerra, pelo combate, pela emboscada, por situações que terminam em morte e, antes, sangue. A raiva gera a raiva e a violência é herdeira de todos os malefícios que existem no mundo. Estudem a história: impossível listar o número de conflitos que se desenrolam em cada pedaço de torrão e no mar, até nas famílias. Isto é atraso intelectual imperdoável.

Preocupa-me muito mais saber que a Câmara Municipal de Itabira, a quem tenho dedicado espaços em reflexões escritas e comentadas venha querer resolver a situação pelo lado das armas físicas. Houve um caso de adolescente fazendo clima de apreensão em uma escola. Isto não pode atrair sequer um estilingue para ser mediador.

Uma pergunta que faço de mim para mim e dou a resposta: “Ignorar uma realidade é solução de algum problema?” Resposta: “Não, definitivamente, não!” Fugir do tema? “Também, não!

Mas existem, com absoluta certeza, outros caminhos a seguir. Sugestão deste pobre escriba, lutador: ao invés de pensar em “vigilância armada”, por que não introduzir um projeto que seria, por exemplo, “vigilância amada?” E dela participariam os corpos discente e docente de cada escola. Ou todos de mãos dadas, oficializando o abraço como principal medida. Que beleza seria!

Quando começou  a  recente guerra no Oriente, a mais terrível de todas, houve religiosos e houve até mesmo ateus que sugeriram o amor para ser acionado no lugar da guerra. O que criaram foi o terror, caminho tecnicamente de contramão de seres humanos inteligentes.

É inovação. Por que não? Inadmissível é querer discutir o assunto sem uma busca científica. Em sua passagem pelo nosso mundo, o ser humano ainda não praticou bons e determinados exemplos na área do humanismo, da concórdia e do entendimento universal. Só pensa em armar-se, construir canhões de horror, destruir, matar, humilhar.

Desde a Pré-História, passando pelos episódios conhecidos da Antiguidade, atravessando as idades Média e Contemporânea, o hoje que consideramos definitivo e não é, o habitante do mundo só tem guerreado. Poucos falam em paz e, quando falam não agem, repito. E se agem, procuram armas destruidoras.

Vejo agora a melhor oportunidade que os vereadores levantaram, especialmente o líder do Governo, Wéverton Andrade, Vetão. Acredito num bom momento para ser oficializada a técnica do amor no lugar do combate. A cabeça do ser humano precisa mudar e estamos além do momento vencido.

O Homem de Neandertal não pode mais continuar liderando a cabeça desta geração e transmitindo horror e terror para os novos tempos. Que vença o amor desde já. Entrego minha confiança no Poder Legislativo de Itabira.

José Sana

Em 22/05/2023

Imagens: Redes Sociais

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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