Assim, o grande poeta, músico, cantor e compositor Newton Baiandeira, ou simplesmente Niltinho, descreveu a realidade de Itabira no presente ano.
A dependência química é uma doença avassaladora que envolve mais do que efeitos físicos, invade o coração e a alma, tornando o usuário em escravo.
A cidade repleta de eventos bate palmas sem saber do choro, dor, tristeza e desespero dos dependentes e seus familiares. Lágrimas escorrem livremente pelos rostos e nas gargantas gritos de dor em busca de socorro.
As mulheres representam 90% das pessoas que conseguem vencer o sentimento de “negação”, característica da doença codependência, e buscam ajuda para o seu familiar que já se encontra no lugar mais profundo que um ser humano pode chegar; o fundo do poço, a perda da consciência, da dignidade eda cidadania em troca de mais uma dose.
São centenas de doentes dependentes químicos, na cidade dos eventos, que são encaminhados para outros municípios porque em Itabira não encontram tratamento.
O lamentável serviço que poucos conseguem obter ainda trabalha com a já derrubada, há anos, a chamada “Redução de Danos”. Uma técnica que estudos comprovam não ter nenhuma eficácia no tratamento.
Se o dependente é usuário de maconha, cocaína e crack, durante todo o dia, a “Redução de Danos” procura fazer com que ele use apenas em determinados horários, apenas diminuindo as doses, como também substituir por outras drogas ou evitar compartilhar as seringas de drogas injetáveis.. O que demonstra o total desconhecimento da Síndrome da Dependência e a falta de atualização sobre os estudos, pesquisas e estatísticas atuais que comprovam a necessidade de um tratamento multidisciplinar e a “Abstinência Total” como fatores fundamentais para o controle da doença de elevado poder fatal.
Lamentável! São vidas e famílias inteiras que são destruídas por falta de atenção e cuidado com uma doença tão grave como o Transtorno por Uso de Substâncias – TUS.
Itabira é uma cidade repleta de festas, comemorações e mais comemorações que escondem a terrível realidade da dependência química e a codependência dentro dos lares itabiranos.
“E nós batemos palma, sem saber…”. A Saúde anda mal, muito mal em Itabira! Poderia dizer o hino apenas que”… voamos contra o progresso
Foto: itabiranoticia.com.br
Muito bom! O dependente químico não adoece sozinho. A família adoece junto. Muito triste