Eleito quase que secretamente, já que as eleições na CBF, federações e ligas de futebol são sempre cercadas de mistérios, de difícil acesso a mortais comuns, o novo presidente da dona do futebol brasileiro, Ednaldo Rodrigues, se diz favorável à criação da tão almejada Liga, por meio dos clubes. Aliás, também, impressionante o silêncio e falta de interesse da grande imprensa nacional em esmiuçar e esclarecer tanta coisa sobre a eleição na CBF. Deixou os cartolas bem à vontade.
Sobre a criação da liga, sei não. Na prática, muito fácil para ser verdade. Principalmente porque o dinheiro, fortuna realmente, controlado pela CBF, dá a ela um poder incomensurável. Vai abrir mão disso tão facilmente?
Os clubes, que deveriam ser os donos dos destinos do futebol brasileiro, organização dos campeonatos, comercialização dos direitos de transmissão e outros contratos de publicidade, vivem de pires na mão. E pior, tomam dinheiro “emprestado” com a CBF a ficam na dependência de favores dos comandantes dela.
O Fernando Rocha abordou, rapidamente, o tema na coluna dele, que circulou ontem, no Diário do Aço, de Ipatinga, além de outros assuntos:
* “Coluna Bola Área”
Fernando Rocha
Um dos principais motivos para a subserviência dos clubes em relação à direção da CBF é a dívida que cada um possui junto à entidade. Segundo o último levantamento essa dívida triplicou durante os dois últimos anos de pandemia e atingiu a marca de R$ 109,9 milhões. A explicação é a linha de empréstimo aberta pela confederação para os clubes, sob o argumento de ajudá-los a enfrentar a crise financeira gerada pela pandemia, mas que também os deixou ainda mais comprometidos ou debaixo do seu “balaio”.