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É necessário selecionar um bom time e essa seleção começa muitas das vezes lá trás, onde os líderes buscam construir alianças e rodear-se de pessoas que possam ajudá-los a alcançar seus objetivos. No entanto, há um risco significativo para a liderança e até para o povo pois com o poder o político pode se rodear de “puxa sacos”

Primeiro, é importante entender o que é um puxa saco na política, esse geralmente é alguém que geralmente é bem-intencionado, mas que constantemente elogia seu grupo e concorda com tudo o que o líder diz, independentemente de seus méritos ou desacertos. Essas pessoas tendem a ser subservientes, não têm opiniões próprias, e como papagaios replicam principalmente em redes sociais qualquer conteúdo de seu líder, sem um crivo se é aquilo bom ou não e fazem tudo o que podem para manter a boa vontade de seus superiores para com eles.

O problema com os puxa-sacos é que eles geralmente não são as melhores pessoas para aconselhar um líder político. Eles podem ser muito úteis quando se trata de fazer cumprir ordens, mas raramente oferecem ideias novas ou críticas construtivas que podem ajudar a corrigir áreas que podem não ir bem no governo. Eles geralmente não são capazes de desafiar as crenças de seus superiores ou oferecer soluções criativas para os problemas que enfrentam, e rotulam aqueles que questionam ou tecem qualquer crítica ao seu grupo como opositores, mesmo que as críticas sejam verdadeiras, e que o governo esteja falhando naquela determinada área.

Além disso, os puxa-sacos são frequentemente mais preocupados em proteger seus próprios interesses (geralmente cargos de confiança, contratos com a administração pública ou qualquer benesse pessoal), do que os interesses da coletividade, outro problema com os puxa sacos é que eles podem criar um ambiente tóxico dentro da equipe de governo ao fazer o que uma chefia quer, em vez do que é melhor para cidade.

Quando a lealdade pessoal é mais valorizada do que a competência, outros membros da equipe podem se sentir desvalorizados e desmotivados, o que pode levar a uma cultura de complacência e incompetência, onde as falhas são encobertas em vez de resolvidas

De fato, os puxa sacos podem comprometer a governança se o político se cerca de pessoas que concordam com tudo o que ele diz, e assim é menos provável que o governo ouça as vozes discordantes ou considere perspectivas alternativas à da situação. Isso pode levar a políticas mal planejadas, conflitos com demais poderes, ou a decisões que não levam em conta as reais necessidades e preocupações das pessoas que governam, caindo por terra a popularidade minando a estabilidade e dando brecha a ascensão de opositores.

Cabe aos líderes perceberem o quanto antes quem são aqueles que não somam, sob pena de perderem seu papel de liderança política, corrigindo tais pontos falhos, e saírem da Matrix enquanto há tempo dando ouvidos às críticas construtivas, pois assim como é certo que o sol vai voltar amanhã, todo mandato tem dia e hora para acabar, e o povo não pode esperar.

 

Walter Freitas
Walter Freitas é Itabirano, líder comunitário, voluntário em diversas causas, é graduando em Direito e em Gestão pública, Embaixador Liberta Minas, e atua em diversas áreas mas tem seu apreço na área da Cultura e Turismo onde recepciona há muitos anos turistas de todo país percorrendo o museu de território Caminhos Drummondianos. Um aficionado pela política, e vê nela a forma mais assertiva de contribuir para sociedade menos injusta e mais eficiente.

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