Dia do Professor José Antônio Sampaio. É uma comemoração que fará parte do calendário, anualmente, enquanto existirem autoridades municipais, comunidade itabirana, Itabira e o mundo. Na última terça-feira, 4 de maio, a Câmara Municipal de Itabira aprovou, em primeiro turno, homenagem ao Professor José Antônio Sampaio. Na terça-feira (11) é certo que será novamente aprovado. O lembrete ocorre justamente quando o Museu completa 50 anos e tem comemorações especiais programadas para todo o ano de 2021 sob a responsabilidade da Prefeitura.
O projeto de lei que institui o Dia Municipal do Professor José Antônio Sampaio, de autoria do vereador Marcelino Freitas Guedes (PSB) teve aprovação unânime dos demais vereadores A data deve ser comemorada sempre em 29 de abril, data de aniversário do Museu do Ferro, depois Museu de Itabira.
No ano de 1971, o então governador de Minas Gerais, Rondon Pacheco, promulgou a Lei 5.664, criativa do Museu Histórico de Itabira. Estava à frente da Prefeitura Padre Joaquim Santana de Castro, que cumpria mandato-tampão (1971-1972).
Segundo informações obtidas em 1972, a preparação para o projeto teve a participação do professor e historiador José Antônio Sampaio, Este texto está no link:
PROFESSOR E HISTORIADOR
Nascido em Santa Maria de Itabira, em 1898, o professor e historiador viveu em Itabira por toda a vida, vindo a falecer em 1975. José Antônio Sampaio trabalhou pela valorização e preservação da memória itabirana por compreender a dimensão de sua importância no contexto cultural da cidade, do estado e do país.
Paralelamente às suas atividades no Museu, Sampaio foi inspetor municipal de ensino em Itabira. Nas suas incumbências profissionais, fazia constantes visitas às escolas rurais. Segundo depoimentos obtidos na época, ele era estimado por todos, sempre bem recebido por onde passava e em todas as escolas dialogava com a comunidade.
Graças à inspiração do dom de ser amante da história, interessou-se e se empenhou em resgatar a memória de Itabira, fator que o levou a idealizar e participar da fundação do Museu Histórico de Itabira, tornando-se seu primeiro diretor. O nome passou a ser Museu do Ferro.
Era casado com a professora Maria Engrácia Caldas Drumond, ela também dedicada ao ensino e à cultura: exerceu a atividade de professora no então Grupo Escolar Major Lage (hoje Escola Estadual).
Labutou arduamente em pesquisas no casarão da Rua Tiradentes, número 55, cumprindo o seu tempo de trabalho até a aposentadoria. O imóvel ocupado atendia aos requisitos exigidos pela lei de criação assinada pelo governador Rondon Pacheco: tem ainda as características históricas. Como detalhe interessante, fora construído por outro historiador e escritor, João Camilo de Oliveira Torres, nascido em Itabira, tendo sido tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal, em 1986.
EMPENHO DO VEREADOR MARCELINO
O vereador Marcelino Freitas teve a incumbência de pesquisar a história itabirana e lá deparar-se com registros importantes. Imediatamente, cuidou-se da tarefa de preparar um projeto de lei, apresentado à Câmara Municipal, aprovado por unanimidade e que só depende da sanção do prefeito Marco Antônio Lage.
“O presente tributo tem como objetivo principal reconhecer o valor histórico-cultural de seus estudos e pesquisas sobre o Município e o legado deixado por ele, tal seja a idealização, fundação e implantação do Museu Histórico de Itabira, que abriga inúmeros documentos e peças recolhidos por ele ao longo de sua vida”, destacou o autor da homenagem.
Notícia Seca/José Sana
Ao estimado jornalista, apesar do decurso do tempo, agradeço o texto em memória de meu avô. Amanhã (30/04/22) haverá uma homenagem a ele no Museu de Itabira. Atenciosamente, Gabriel.