Estamos nos referindo a Isabel Rainha Madeira. Lúcida, sorridente, ela comemorou no último sábado, 2 de julho de 2022, 100 anos de vida. Rodeada de filhos, netos, bisnetos e tataranetos, alegre esperta, em sua residência, em Itabira.
Ela é filha de José Filomena Madeira e Joana Eugênia Ferreira, viúva de Francisco Aniceto Martins, falecido aos 30 anos de idade. E ela, a verdadeira Rainha (tem rainha até no sobrenome) nunca mais teve um companheiro. Mas os descendentes seguiram a lei de Cristo: multiplicaram-se.
CONTABILIDADE FAMILIAR
É justo e certo afirmar que há alguma dúvida sobre os nomes dos ancestrais. Se Dona Isabel Rainha teve, com Francisco Aniceto, sete filhos e criou mais quatro , o total de membros dessa geração chega a onze, mas a família tem os nomes de dez: Simone, Ângela, José Maria, Antônio, Salete, Maria das Graças, Lúcia, José Agrigório (deve ser Gregório) e José Elvécio.
Agora anotem: a centenária funcionária da Fábrica de Tecidos da Pedreira teve 300 netos, mais de 200 bisnetos e 150 tataranetos. A informação vem de sua neta Eliana Tarcísia Martins, uma excelente líder comunitária, moradora do Bairro Monsenhor José Lopes.
FÁBRICA DA PEDREIRA
Itabira perdeu a memória exatamente de um centenário para cá. Os historiadores das escolas, das pracinhas, botecos e outros locais contam que foi desligado o computador num certo tempo e pouco foi escrito depois das descobertas das grandes jazidas aqui existentes.
Aí surge a centenária Dona Isabel, que trabalhou de Serviços Gerais na Indústria Têxtil da Pedreira, de propriedade de Pedro Martins Guerra, o mesmo que sustentou a antiga Companhia Vale do Rio Doce depois de sua criação. O fim da Segunda Guerra Mundial foi trágico para a mineração itabirana. Cadê os compradores internacionais?
Dona Isabel completou 100 anos e revelou que trabalhou 9 (repito: nove anos) como servidora da Fábrica da Pedreira, hoje uma represa da Vale. E guarda desse tempo muitas histórias.
Bem-vinda à História de Itabira, Dona Isabel e parabéns de quem assinar esta declaração de que somos felizes em ter a senhora como prova da história oral que ainda não foi escrita. Mas será.
José Sana
Em 6/7/2022