Somos seres munidos de pensamentos e sentimentos. Mas não podemos nos esquecer de que, temos consciência do que sentimos e mais ainda do que pensamos. Em meio às paixões, compaixões, alegrias, tristezas, amor, raiva, e outros sentimentos que acumulamos ao longo da nossa existência, temos a oportunidade de perceber a morte e a vida, a dor e a alegria, o ódio e o amor. E nesse turbilhão de sentimentos e pensamentos podemos nos direcionar e descobrir um cantinho da nossa consciência que se chama “silêncio”.
Quando meditar, eleva seus olhos aos Céus e seu pensamento o levará à consciência. Ali encontrará o silêncio, que elevará sua alma a ouvir a voz do Criador. Ao praticar o silêncio, conseguirá “ouvir” o que precisa saber. Faça a experiência quando estiver numa roda de amigos, fique em silêncio e apenas ouça. Descobrirá que há silêncios que expressam mais do que palavras e há olhares que definem sentimentos.
Olavo Bilac em seu poema “Ouvir as estrelas”, já dizia que no silêncio da noite, conversava e ouvia as estrelas olhando o céu pela janela. E, que ao vir o sol, ainda as procurava pelo céu deserto. Assim como o poeta, no silêncio eu converso com Deus. No meu coração eu ouço o que Ele tem a me dizer. Se somos criaturas de Deus, incluindo as estrelas, somos todos uma centelha Divina. Olavo Bilac, ouvia a voz das estrelas e, certamente ele ouvia também a Voz de Deus. E quando era indagado:_ sobre o que conversa com as estrelas e que sentido tem as conversas? Ele simplesmente respondia:- “Amai para entendê-las! Pois só quem ama tem ouvido capaz de ouvir e de entender estrelas.” Encerro minha reflexão de hoje, baseando nas palavras desse grande poeta. “Só quem ama a Deus tem ouvido capaz de ouvi-lo e entendê-lo através das batidas do seu coração que são as mesmas batidas do Coração de Deus.”